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Família de Marielle Franco convoca ato para o dia do julgamento dos acusados do assassinato

O ato é convocado para às 7h da manhã no dia 30 de outubro, data em que ocorre o julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz
Ato por justiça para Marielle Franco.

Família de Marielle Franco organiza ato para o dia do julgamento dos acusados do assassinato

— Reprodução

18 de outubro de 2024

No dia 30 de outubro, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de matar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018, vão a júri popular no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, no centro da capital, a partir das 9h. O Instituto Marielle Franco, fundado pela família, fará um ato no amanhecer do dia do julgamento dos réus em frente ao tribunal para reunir pessoas que também querem exigir uma resposta contundente e séria no caso.

O ato é convocado para às 7h da manhã no dia 30 e outros amanheceres são organizados em outras cidades do país.

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Marinete Silva, mãe de Marielle e fundadora do Instituto, relembra que “foram 78 meses e mais de 2 mil dias em que nos juntamos desde que nos tiraram Marielle e Anderson”. Para o instituto, o resultado do julgamento terá um papel crucial para a democracia.

“A força coletiva de tantas pessoas que nos apoiaram durante todos esses anos nos trouxe até aqui e nesse mês a justiça, enfim, vai começar a ser feita. Esse é um momento decisivo para todo mundo que luta por justiça e para quem acredita que o Brasil precisa ser um país sério que não permite que uma mulher negra seja assassinada com sete tiros na cabeça voltando do trabalho”, afirma.

Ligia Batista, atual diretora executiva, ressalta que “o assassinato de Marielle e Anderson é um marco de violência política de gênero e raça no Brasil. A impunidade em crimes cometidos por agentes ou ex-agentes do Estado contra a vida de defensores de direitos humanos permite a repetição de atos semelhantes e a perpetuação do racismo, machismo e LGBTQIAPN+fobia”.

Em março deste ano, os irmãos Domingos Brazão, então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão, eleito deputado federal pelo União Brasil, além do delegado Rivaldo Barbosa, foram presos como mandantes do atentado que vitimou Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. Os três foram presos no Rio de Janeiro, de forma preventiva, na Operação Murder, deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Federal (PF).

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