Até o momento, o Rio de Janeiro contabilizou 11 mortos devido às chuvas que ocorreram no último sábado (13). As vítimas pertenciam às regiões de Ricardo de Albuquerque, Nova Iguaçu, Acari, Belford Roxo, Comendador Soares, Vila São Luís, São João de Miriti e Duque de Caxias.
As chuvas causaram enchentes, descargas elétricas e apagões. Em Acari, um hospital ficou sem energia. O prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, decretou estado de emergência na tarde do domingo (14).
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No centro e na Zona Sul da cidade, por sua vez, não houve maiores estragos causados pela chuva. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, divulgou em suas redes sociais um vídeo explicando a relação entre a crise climática e o racismo ambiental.
“Quando a gente olha os bairros que foram mais atingidos, a gente vê o que eles têm em comum, são áreas mais vulneráveis”, comenta Anielle em vídeo. A ministra ainda questiona por que as tragédias climáticas afetam mais a população negra e periférica. “As favelas são 15x mais atingidas pelas chuvas do que outros bairros”, acrescentou.
“Qual é a cor da maioria das pessoas que moram nos bairros que não têm
árvores, que não têm escoamento, com saneamento precário?”, completa. Em postagem no X (antigo Twitter), Anielle diz que as tragédias climáticas são frutos do racismo ambiental e climático.
Em outra postagem no X (antigo Twitter), internautas comparam a realidade entre os bairros no Rio de Janeiro, e destacam que a população negra e pobre são as maiores vítimas desses casos.
“Quando a população preta e pobre é a maior afetada com as mudanças climáticas ou quando só a baixada tem valão a céu aberto em quase todo bairro, isso é racismo ambiental. Na Zona Sul, condomínio de rico ou Barra, eles não sofrem com chuvas ou enchentes”, comentou uma pessoa.