Um levantamento inédito feito pela plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas, informou que mais de 17,3 milhões de hectares foram queimados em 2023. O território atingido pelo fogo é maior que a extensão de estados como o Acre e Ceará, um aumento de 6% em comparação com o ano de 2022, quando 16,3 mil hectares foram queimados.
De acordo com o estudo, a área total atingida pelas queimadas no ano passado representa cerca de 2% do território nacional. Entre os meses de setembro e outubro o fogo atingiu quatro milhões de hectares, em dezembro 1,6 milhão de hectares foram queimados no país, a maior área para o mês desde 2019.
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Somente na Amazônia, 1,3 milhão de hectares foram queimados, o que representa um aumento de 463% em relação ao mesmo período de 2022. A região do Pantanal e o Cerrado tiveram 102.183 e 93.939 hectares, respectivamente, atingidos pelas chamas.
Segundo Eduardo Rosa, membro da equipe do Pantanal do MapBiomas, o fogo que atingiu áreas do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (MS) e do Parque Estadual Encontro das Águas (MT), foi potencializado por causa da estiagem que atingiu a região no fim ano.
O estado do Pará foi o mais afetado no último mês de 2023, e teve 658.462 de hectares consumidos pelo fogo, seguido pelo Maranhão — 338.707 hectares — e de Roraima — 146.340 hectares.
Em 2023, as pastagens corresponderam ao uso da terra mais afetado pelo fogo (28%), seguido pelas áreas de vegetação nativa, como a de formação campestre (19%) e a de formação savânica (18%). A formação campestre trata-se de vegetação com predomínio de gramíneas e outras plantas herbáceas, enquanto a savânica é composta por árvores distribuídas de forma esparsa e em meio à vegetação herbácea-arbustiva contínua.