A La Liga, após a primeira condenação por racismo no futebol espanhol, divulgou uma lista atualizada sobre a situação de casos de ataques racistas e de ódio no Campeonato Espanhol. O brasileiro Vinicius Junior, que joga no Real Madrid, sofreu 21 vezes com insultos preconceituosos nos últimos anos na Espanha.
No entanto, Vini Jr não é o único jogador a ser vítima de racismo na Europa. Outros jogadores brasileiros, como Taison, Dentinho, Roberto Carlos, Malcom, Richarlison e Hulk, também foram alvos de ataques racistas em diferentes países.
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Um exemplo é o caso do lateral Roberto Carlos, que em 2011, quando jogava pelo Anzhi, na Rússia, sofreu com a torcida do Krylya Sovetov, que lhe atirou bananas. Na ocasião, o jogador deixou o campo.
Em 2015, fãs do Torpedo Moscou fizeram sons de macaco em um jogo contra o Zenit, e o atacante Hulk, alvo da provocação, mandou beijos aos racistas.
Em 2019, os jogadores Taison e Dentinho foram as vítimas de racismo no clássico ucraniano entre o Shakhtar Donetsk e o Dínamo de Kiev. Taison reagiu às ofensas e foi expulso da partida. No mesmo ano, o atacante Malcom foi atacado com xingamentos racistas pelos torcedores extremistas do Zenit em sua estreia pela equipe.
Além disso, em 2022, na vitória da seleção brasileira sobre a Tunísia em Paris, uma banana foi atirada no campo após um gol do atacante Richarlison.
Segundo Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), “especialmente nos campos de futebol, não é apenas Vinícius Júnior que tem sofrido, mas outros jogadores pela Europa também, como o [atacante belga Romelu] Lukaku, vítima de racismo em abril e expulso por reagir contra os xingamentos racistas [na Itália, onde defende a Inter de Milão]”. Ele acrescenta que “existe um histórico [de racismo], com mais de 20 anos, com jogadores negros brasileiros e de outros países”, afirmou em depoimento ao programa Stadium, da TV Brasil.