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Futebol sem misoginia: Ministério das Mulheres promove ação antes de partidas

O Acordo de Cooperação Técnica tem o apoio de torcidas e coletivos femininos para levar a conscientização aos campeonatos de futebol
A imagem mostra duas mulheres segurando um cartaz com os dizeres “Futebol Sem Misoginia”, durante uma partida da Copa do Nordeste.

Foto: Divulgação

26 de março de 2024

Uma parceria entre o Ministério das Mulheres e o Ministério do Esporte está levando faixas com os dizeres “Futebol sem misoginia” para os campos no início de cada partida. A campanha busca promover a conscientização sobre a importância do enfrentamento à discriminação de mulheres no esporte. A iniciativa tem foco nos estádios e arenas de futebol, futsal e futebol de areia e acontece durante o mês de março.

A iniciativa faz parte do Acordo de Cooperação Técnica, assinado em novembro de 2023 pelos ministérios para uma ação conjunta nos estádios durante jogos oficiais e recreativos.

As intervenções realizadas com faixas antes do início das partidas são um convite aos times, torcidas e espectadores para que não se calem diante do assédio ou qualquer expressão de violência contra meninas e mulheres durante os jogos.

Ao longo do mês, intervenções foram realizadas durante partidas da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil. Constam no calendário ainda ações nos campeonatos Goiano, Pernambucano, Gaúcho e Maranhense. 

A necessidade da mobilização surgiu a partir de torcedoras do Pará durante visita da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ao estado por conta do evento “Diálogos Amazônicos”, que aconteceu em agosto de 2023. A conversa teve adesão do Movimento Feminino de Arquibancada e da Associação Nacional das Torcidas Organizadas do Brasil — que abarca mais de 100 times—, além de torcidas e coletivos femininos do país. 

As reivindicações apresentadas incluíam segurança nos estádios, melhor estrutura dos banheiros, trocadores para crianças e a presença de profissionais da Rede de Atendimento à Mulher.
A importância da iniciativa é reforçada após a repercussão dos casos de abusos cometidos por jogadores profissionais e renomados do futebol mundial. Robinho está preso desde o dia 21 de março, em Santos, por abusar de uma mulher albanesa na Itália em 2013. Daniel Alves, por sua vez, foi solto na tarde de segunda-feira (25), após 14 meses de detenção em Barcelona, na Espanha, por estuprar uma jovem no banheiro de uma boate em 2022. Ele contou com a ajuda de amigos para pagar a fiança estipulada em R$ 5,4 milhões.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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