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Governo federal devolve território a população indígena no Pará

Invasores do território do povo Parakanã usaram o espaço para criação de gado e prática de garimpo e extração de madeira
Indígenas realizam cerimônia após devolução da Terra Indígena Apyterewa, no Pará.

Foto: Leo Otero / ASCOM MPI

10 de março de 2024

Em assembleia na sede da Operação de Desintrusão, na cidade de São Félix do Xingu (PA), o povo Parakanã recebeu a devolução oficial de seu território. A cerimônia ocorreu na Aldeia Mãe Terra Indígena Apyterewa e contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

A devolução se deu após a operação de retirada dos invasores que permaneciam ilegalmente na região. Por anos, o Território Indígena (TI) foi local de violações de direitos. Invasores criavam gado ilegalmente na região, além da prática do garimpo e da extração de madeira.

“Demorou, foi difícil, foi tenso, teve gente da Funai que foi ofendida e baleada, mas a gente não desistiu. Da mesma forma, nós continuamos no território Yanomami retirando os garimpeiros que insistem em continuar lá dentro. Mas também, por decisão do presidente Lula, vamos continuar a operação e vamos retirar todos os garimpeiros ilegais”, disse a ministra.

Na ocasião, Sônia Guajajara também compartilhou os próximos passos para consolidar a posse e o usufruto exclusivo do território para os Parakanã. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) apoiará as ações de produção de alimentos, proteção de território, trabalho e organização das mulheres indígenas.

Para possibilitar as ações, a pasta prevê um investimento de R$ 1,5 milhão por meio da implantação de um Plano de Gestão Ambiental e Territorial (PGTA) na região.

A expulsão dos invasores na TI iniciou em outubro de 2023, por determinação judicial do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi coordenada pela Secretaria Geral da Presidência da República, juntamente com a Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. 

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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