PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Homens brancos recebem quase o dobro da remuneração de mulheres negras, diz relatório

Levantamento do MPT indica que, mesmo recebendo menos que homens, mulheres brancas têm remuneração maior do que pessoas negras
Na imagem, há uma mulher negra escrevendo em uma lousa no escritório.

Foto: Reprodução / Pexels

26 de março de 2024

Uma pesquisa do Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgado na última segunda-feira (25), em Brasília, apresenta um cenário trabalhista desigual para mulheres, em especial para mulheres negras. Conforme os dados, elas recebem o equivalente a 66,7% da remuneração das mulheres brancas (R$ 4.552).

Em valores, o salário médio das mulheres negras é de R$ 3.040,89, enquanto o de homens brancos é de R$ 5.718,40, uma disparidade de 53,17%

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

As informações são do “1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios”, criado em conjunto com o Ministério das Mulheres. O levantamento ouviu cerca de 49.587 mil estabelecimentos com 100 ou mais empregados.

No geral, retirando o recorte racial, as mulheres seguem recebendo menos do que os homens. O documento demonstra uma diferença de 19,4% na média salarial entre homens e mulheres.

É importante ressaltar que, ainda que recebam mais que mulheres, o estudo indica uma diferença considerável no salário entre homens brancos e negros. 

Homens brancos recebem em média 33% a mais do que os homens negros (R$ 3.844). Mulheres brancas também recebem mais que os homens negros, com uma diferença de aproximadamente 26%. Este é o único recorte no qual a remuneração masculina é menor do que a feminina. 

No lançamento do relatório, o MPT também divulgou o aumento nas denúncias envolvendo discriminação salarial entre homens e mulheres. De 2022 para 2023, as denúncias tiveram alta de 217%.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano