O imigrante senegalês atingido por policiais militares durante uma abordagem permanece com um estilhaço da arma de choque que o atingiu alojado na região craniana. Mesmo após um procedimento cirúrgico para tentativa de remoção, a vítima pode permanecer com o fragmento pelo resto da vida.
O caso aconteceu em São Paulo no dia 16 de janeiro, durante uma ação da prefeitura e da Polícia Militar contra vendedores ambulantes, na região do Brás. Massamba Diop, que estava a passeio no local, foi atingido com uma taser e agredido fisicamente pelos agentes quando ainda estava no chão.
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O atestado médico recomenda que o imigrante apresente o documento toda vez que estiver em locais que exijam passagem por um detector de metais, para evitar constrangimentos.
Em entrevista à Agência Brasil, a advogada de Diop indicou que buscará medidas de reparação contra o Estado, junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
O caso foi denunciado no Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pela vereadora da capital Amanda Paschoal (PSOL-SP), em conjunto com o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.
“É inadmissível que a truculência policial e a violência racial continuem sendo a marca da segurança pública em nossa cidade e estado. Por isso, as investigações devem seguir com rigor e todos os responsáveis devidamente punidos”, afirmou a parlamentar, em nota publicada no X.