O imigrante senegalês atingido por policiais militares durante uma abordagem permanece com um estilhaço da arma de choque que o atingiu alojado na região craniana. Mesmo após um procedimento cirúrgico para tentativa de remoção, a vítima pode permanecer com o fragmento pelo resto da vida.
O caso aconteceu em São Paulo no dia 16 de janeiro, durante uma ação da prefeitura e da Polícia Militar contra vendedores ambulantes, na região do Brás. Massamba Diop, que estava a passeio no local, foi atingido com uma taser e agredido fisicamente pelos agentes quando ainda estava no chão.
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O atestado médico recomenda que o imigrante apresente o documento toda vez que estiver em locais que exijam passagem por um detector de metais, para evitar constrangimentos.
Em entrevista à Agência Brasil, a advogada de Diop indicou que buscará medidas de reparação contra o Estado, junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
O caso foi denunciado no Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pela vereadora da capital Amanda Paschoal (PSOL-SP), em conjunto com o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.
“É inadmissível que a truculência policial e a violência racial continuem sendo a marca da segurança pública em nossa cidade e estado. Por isso, as investigações devem seguir com rigor e todos os responsáveis devidamente punidos”, afirmou a parlamentar, em nota publicada no X.
✊🏽BASTA DE VIOLÊNCIA POLICIAL! CHEGA DE RACISMO
— Amanda Paschoal (@AmandaaPaschoal) January 21, 2025
Você deve ter visto esse video circulando nas redes. Esse foi mais um grave episódio de violência policial ocorrido no Brás, em São Paulo, onde dois ambulantes imigrantes, Massamba Diop, do Senegal, e Jhonley Miloir Chery, do… pic.twitter.com/BLXuvO6yfp