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Israel recruta refugiados africanos em troca de asilo permanente, diz jornal local

O veículo Haaretz revelou que refugiados africanos são alistados para o conflito em Gaza na promessa de receberem asilo permanente em Israel
A imagem mostra militares do exército de Israel em um carro sob os escombros de Rafah, cidade palestina em Gaza.

Foto: Sharon Aronowicz / AFP

17 de setembro de 2024

De acordo com informações divulgadas pelo jornal israelense Haaretz, o exército de Israel está recrutando refugiados do continente africano que buscam asilo para servir nos conflitos na Faixa de Gaza. Os serviços militares seriam trocados por assistência para obter residência permanente no país.

O veículo aponta que o projeto é executado por consultores jurídicos do Ministério da Defesa de Israel, de maneira organizada e “sem qualquer base ética”, mas até o momento nenhum requerente alocado para o conflito teria recebido um parecer favorável no processo de asilo.

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Ainda conforme noticiou o jornal, o primeiro contingente de combatentes refugiados recebeu apenas duas semanas de treinamento antes de ser enviado para a batalha. A região conta com cerca de 30 mil africanos na fila para solicitar o status de permanência, sendo a maioria homens e jovens.

“Durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, três solicitantes de asilo foram mortos. Após o ataque, muitos se voluntariaram para o trabalho agrícola e centros de comando civil, com alguns dispostos a se alistar nas Forças de Defesa de Israel. Autoridades de defesa perceberam que poderiam usar a ajuda dos solicitantes de asilo e explorar seu desejo de obter status permanente em Israel como um incentivo”, diz trecho da reportagem.

O Haaretz também cita que o Ministério do Interior explorou a possibilidade de recrutar os filhos de trabalhadores estrangeiros requerentes de asilo que tenham sido educados por escolas israelenses, em troca de conceder a permanência para seus familiares diretos. 

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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