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Justiça condena militares do Exército por desvio de merenda em colégio militar

De acordo com as investigações, estima-se que os militares tenham causado um prejuízo de mais de R$ 60 mil aos cofres públicos
A foto mostra militares marchando durante desfile militar, em agosto de 2019.

A foto mostra militares marchando durante desfile militar, em agosto de 2019.

— Reprodução / Exército Brasileiro

18 de março de 2025

O Superior Tribunal Militar (STM) condenou sete militares do Exército por integrarem um esquema de desvio de alimentos no Colégio Militar do Recife (CMR), na zona oeste da capital pernambucana.

Segundo a denúncia, formalizada pelo Ministério Público Militar (MPM-PE) em 2020, os crimes foram cometidos entre 2016 e 2019. Os alimentos desviados eram transportados por viaturas militares e veículos particulares, e um dos envolvidos alterava os registros do sistema de controle para acobertar as ações. 

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O esquema era liderado por um capitão das Forças Armadas e contava com a participação de três sargentos, dois cabos e um soldado. O grupo ainda coagia e ameaçava militares de patente inferior que se recusavam a participar do crime. Estima-se que os agentes tenham causado um prejuízo de mais de R$ 60 mil aos cofres públicos.

O inquérito destaca que, à época, uma nutricionista do colégio teria percebido a falta de, aproximadamente, 150 quilos de carne e comunicou ao comando da unidade, o que intensificou as ameaças às testemunhas.

A denúncia do MPM apresentou um vídeo que mostrava os envolvidos retirando caixas de carnes e outros alimentos do colégio para os veículos. O registro foi utilizado como prova para sustentar as acusações de participação em organização criminosa, peculato, prevaricação, ameaça e coação.

Os réus haviam sido absolvidos pela 7ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM), primeira instância da Justiça Militar nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, sob a alegação de falta de evidências concretas.

Após recurso do Ministério Público Militar, a maioria do plenário do STM votou pela condenação dos sete, com penas de reclusão de cinco a sete anos para os envolvidos.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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