Neste sábado (24), a Central Única de Favelas (CUFA), em parceria com a CUFA Global, a Frente Nacional Antirracista (FNA), a Frente Parlamentar em Defesa das Favelas e o Instituto Evereste, realizará uma série de conferências em três mil favelas em todo o Brasil. O evento tem como objetivo reunir empresários, acadêmicos, pesquisadores, moradores e políticos para debater e formular políticas públicas que melhorem a vida nas comunidades.
As discussões serão organizadas em torno de quatro eixos temáticos: redução das desigualdades, combate à fome e à pobreza; sustentabilidade; direitos humanos, raça e gênero; e os desafios globais enfrentados pelas favelas e áreas periféricas. Esses temas estão alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
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Esses encontros buscam ouvir as comunidades e definir prioridades que serão levadas ao Fórum Mundial das Favelas, previsto para setembro, no Rio de Janeiro. Organizado pela CUFA, o evento contará com representantes de 40 países. As pautas definidas também serão apresentadas nas conferências do próximo encontro do G20, que acontecerá em novembro, também no Rio. A comitiva especial terá como público-alvo autoridades de países como África do Sul, Angola, Colômbia, Espanha, México e Estados Unidos.
O fundador da Cufa, Celso Atayde, enfatiza que as lideranças das favelas buscam garantir que as vozes das periferias sejam ouvidas no cenário global.
“As demandas da saúde, que são várias, na verdade. Uma outra demanda é o desejo de combater a perseguição religiosa que tem nas favelas. Um outro tema também muito importante foi em relação à oportunidade que nós precisamos dar à população carcerária. Uma outra demanda que também é muito importante, porque ela muda a matriz econômica da favela, é o desenvolvimento dos empreendedores nesses territórios. Na medida em que a gente empreende e a gente emprega, então você cria uma grande cadeia de empregabilidade”, disse em entrevista à Agência Brasil.
. No Rio de Janeiro, o evento ocorrerá na sede da CUFA, sob o Viaduto de Madureira, na Zona Norte, um local emblemático para manifestações culturais negras. A expectativa é de que mais de 400 pessoas participem. Em Manaus, a reunião será realizada no auditório do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas e Roraima, na avenida Tefé, Praça 14 de Janeiro, a partir das 8h.