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Maria Beatriz Nascimento é incluída no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

A intelectual e ativista negra foi homenageada como uma das personalidades com papel fundamental na construção do Brasil
Foto em Preto e branco de Maria Beatriz Nascimento, uma mulher negra.

Foto: Arquivo Nacional

1 de novembro de 2023

A intelectual e ativista do movimento negro e pelos direitos das mulheres Maria Beatriz Nascimento teve o seu nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, título dado a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. A Lei 14.712/23 foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (31).

Maria Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju em 1942, filha da dona de casa Rubina Pereira do Nascimento e do pedreiro Francisco Xavier do Nascimento. Oitava filha do casal e com outros 9 irmãos, migrou para o subúrbio do Rio de Janeiro em 1949, no bairro Cordovil. 

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Em 1949, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde, aos 28 anos, Beatriz é aprovada para o vestibular do curso de História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e concluiu os seus estudos em 1971.

Beatriz Nascimento chegou a lecionar na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro e ingressar no curso de mestrado em Comunicação Social, na UFRJ. Enquanto pesquisadora, pesquisou sobre a formação de quilombos, a resistência cultural negra e o racismo no Brasil.

Ao longo de sua trajetória, participou de movimentos sociais negros organizados, sendo uma deles o Movimento Negro Unificado (MNU). As suas obras, junto de outros teóricos do seu tempo como Lélia Gonzalez e Hamilton Cardoso, ajudaram a temática étnica-racial ganhar visibilidade social na academia.

Maria Beatriz Nascimento foi assassinada em 1995, no Rio de Janeiro, pelo companheiro de uma amiga. Ela a havia aconselhado a terminar o relacionamento em razão das violências domésticas que sofria. 
O nome da intelectual negra se junta a de outras figuras importantes da história negra como Zumbi de Palmares, Antonieta de Barros, Luiz Gama e Laudelina de Campos Melo. Todos estão eternizados na obra que fica no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, na capital federal.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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