Nascido em 1926, na Bahia, o geógrafo Milton Santos completaria 93 anos, nesta sexta-feira, 3 de maio
Texto / Simone Freire
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“Eu me considero um intelectual “outsider”, coisa que é raro no Brasil: não pertenço a partido, grupos intelectuais, não respondo a nenhum credo, não participo de qualquer militância”. (Milton Santos)
Nascido em 1926, na Bahia, o geógrafo Milton Santos completaria 93 anos, nesta sexta-feira, 3 de maio. Com um legado extenso, ele é um dos pensadores brasileiros mais reconhecidos e reverenciados do país, e fora dele também, recebendo o título de Doutor Honoris Causa em 20 universidades nacionais e internacionais.
Se formou em Direito pela Universidade Federal da Bahia, em 1948. Até 1964, ano em que deixa o Brasil em razão do golpe militar, ele conduz paralelamente uma carreira acadêmica e atividades públicas.
Foi jornalista e redator do jornal A Tarde, professor de geografia humana na Universidade Católica de Salvador, professor catedrático de geografia humana na Universidade Federal da Bahia onde cria o Laboratório de Geociências e diretor da Imprensa Oficial da Bahia, por exemplo.
Suas pesquisas e publicações da época focalizam as realidades locais, principalmente a capital. Em 1958, concluiu seu doutorado em Geografia na Universidade de Strasbourg, na França, cuja tese foi intitulada O Centro da Cidade de Salvador.
Em 1977, Milton Santos retorna ao Brasil. Passam-se dois anos antes de conseguir voltar a ensinar na universidade brasileira, primeiro na Universidade Federal do Rio de Janeiro, de 1979 a 1983, ano em que ingressa por concurso na Universidade de São Paulo, professor titular de geografia humana até a aposentadoria compulsória, recebendo o título de Professor Emérito da USP em 1997 e continuando a pesquisar, publicar e orientar estudantes até o final de sua vida.
Santos tem obras importantíssimas para os estudos que visam unir a geografia e o meio urbano que incluem livros como A urbanização desigual (1980); Manual de Geografia urbana (1981); Ensaios sobre a urbanização latino-americana (1982); O meio técnico-científico e a redefinição da urbanização brasileira (1986); e A urbanização brasileira (1993).