Os ministros da Saúde da Nigéria e da Indonésia visitaram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para discutir a produção de vacinas, kits diagnósticos e o uso de mosquitos Wolbachia, método desenvolvido pelo World Mosquito Program (WMP), que reduz a incidência de dengue, chikungunya e zika e é conduzido no país pela Fiocruz.
O ministro da Saúde da Nigéria, Muhammad Ali Pate, destacou a importância de aprender com o Brasil sobre o desenvolvimento de produção interna de vacinas, medicamentos e kits diagnósticos.
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“Queremos aprender, e é importante aprender com o Brasil. Os Estados Unidos têm um contexto muito diferente. Não temos 20 anos para isso. Queremos saber como vocês fizeram”, disse o ministro Pate.
O ministro Pate contou que a capacidade produtiva do país em imunobiológicos foi minguando com a dificuldade de competir com o preço oferecido pelo mercado externo, mas que, em outubro do ano passado, o governo nigeriano do presidente Bola Tinubo lançou um programa para estimular o desenvolvimento da produção interna de vacinas, medicamentos e kits diagnósticos.
Durante a visita, foram discutidos os investimentos necessários e o papel das políticas governamentais no apoio ao desenvolvimento da produção interna. Akira Homma, conselheiro científico sênior da Fiocruz, explicou o processo de desenvolvimento e a transferência de tecnologia necessária para a produção de vacinas contra a dengue, ressaltando a importância do investimento contínuo nesse setor.
A delegação nigeriana também teve a oportunidade de conhecer as instalações de Bio-Manguinhos, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e o trabalho em colaboração com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde brasileiros.