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Morre Fran Demétrio, primeira professora trans da UFRB, na Bahia

A pesquisadora baiana tratava sequelas da Covid-19, no entanto a causa da morte não foi divulgada

Texto: Redação | Foto: Acervo pessoal

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29 de julho de 2021

A professora e docente na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Fran Demétrio, morreu na quarta-feira (28) em Salvador. Ela era ativista dos direitos da população trans e LGBTQIA+ e foi a primeira mulher trans professora da instituição. Fran Demétrio tratava sequelas da Covid-19, no entanto, a causa da morte não foi divulgada.

Transfeminista negra, Fran Demétrio também era pós-doutora em Filosofia e doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA), coordenadora do LABTrans/UFRB e tinha atuação de destaque no Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) e no Programa de Educação pelo Trabalho. A pesquisadora atuava no coletivo de Trans Pra Frente, voltado para a vida, direitos e conquistas das pessoas trans.

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Em nota, a UFRB lamentou a morte de Fran e manifestou “profundo pesar” e “condolências aos familiares, amigos e colegas pela irreparável perda”. O Centro de Ciências da Saúde da UFRB decretou luto oficial de três dias e suspensão de todas as atividades acadêmicas nesta quinta (29) e na sexta (30), dia em que será realizado um ato em “femenagem” à professora. 

A Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), que reúne pesquisadoras e pesquisadores dos estudos de diversidade sexual e de gênero, ressaltou a importância da professora “em prol da valorização da população trans na academia e além dela” e lamentou que a morte da pesquisadora “deixa uma lacuna no coração de todes nós, mas também marcas nas pessoas que a conheceram e que com ela aprenderam”.

O Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP-03) também divulgou uma nota de pesar e destacou a atuação de Fran ao longo da sua carreira. “Ao longo da sua trajetória, Fran atuou ativamente pelos direitos da população Trans, ampliando o debate sobre raça, gênero e sexualidades, a fim de despatologizar os discursos, especialmente no campo da Saúde”, diz o comunicado.

Leia também: Frente Nacional TransPolítica quer garantir representatividade para populações LGBTQIA+

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