Um levantamento realizado pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelou que as mortes causadas por policiais militares em serviço no estado de São Paulo aumentaram em comparação a 2023.
Segundo o estudo, mesmo antes do início das operações policiais na Baixada Santista, a letalidade policial já estava em patamar elevado.
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Até o dia 24 de janeiro deste ano, policiais militares em serviço executaram 32 pessoas em todo o estado. Conforme os dados apurados, o número representa um aumento significativo em comparação com o ano anterior, quando foram registradas 24 mortes durante todo o mês de janeiro.
O levantamento aponta que o número de mortes passou a subir rapidamente após a segunda fase da Operação Escudo, anunciada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 22 de janeiro e deflagrada em fevereiro na cidade de Santos e região.
Desde então, o número chegou a 45 pessoas mortes por policiais em serviço em janeiro e alcançou um total de 102 vítimas em todo o estado até o dia 21 de fevereiro. No mesmo período, em janeiro e fevereiro de 2023, os policiais militares em serviço foram responsáveis 48 mortes.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a operação na baixada resultou em 32 mortes até o momento. Ao mesmo tempo também é realizada a Operação Verão com o reforço de policiais da Rota e do Comando de Operações Especiais (COE) na região.
Em nota divulgada nas redes sociais no início de fevereiro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDCH) expressou preocupação com as “violações de direitos humanos” que têm ocorrido durante a Operação Escudo.