O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pediu o aumento da pena dos condenados por injúria racial e ameaça contra o rapper e humorista Eddy Jr. O caso ocorreu em 2022.
De acordo com o processo, Eddy Jr foi alvo de ofensas racistas, sendo chamado de “macaco”, “ladrão” e “sujo” por vizinhos do condomínio onde morava. As agressões também incluíram ameaças com faca e chutes na porta do apartamento da vítima. Os ataques foram registrados por câmeras de segurança do prédio.
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Os acusados são mãe e filho. Elisabeth Morrone foi condenada a pena de um ano e dois meses de prisão pelo crime de injúria racial. Já Marcos Vinícius Marrone recebeu a pena de dois meses de detenção, em regime aberto, por ameaça.
O Ministério Público argumenta que as sentenças não refletem o impacto psicológico sofrido pela vítima, que foi obrigada a deixar seu apartamento devido aos ataques recorrentes. Além disso, a promotoria solicita que a Justiça fixe um valor mínimo para a reparação dos danos morais causados pelas ofensas racistas.
A defesa de Elisabeth Morrone diz que a cliente não teria usado termos racistas contra Eddy Jr e que ele teria se mudado de forma voluntária do apartamento. A defesa também criticou o tempo de tramitação do processo: “Mãe e filho foram condenados em 26 de fevereiro — quase três anos após os crimes.”
Entenda o caso
A denúncia veio à tona após Eddy Jr publicar um vídeo nas redes sociais que mostrava ele sofrendo insultos racistas pela vizinha Elisabeth Morrone, que o chamou de “macaco”, “ladrão” e “sujo”. Segundo o artista, a agressão começou quando a vizinha tentou impedi-lo de entrar no elevador junto com ela.
Em setembro de 2022, Eddy registrou um boletim de ocorrência após ter sido ameaçado de morte por Marcos Vinícius, filho de Elisabeth. Imagens gravadas pelos vizinhos mostram o homem na porta do apartamento da vítima, com uma faca, fazendo ameaças.