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Mpox não é a nova Covid-19, reforça OMS; alta de casos na África preocupa

Especialistas destacam avanço no conhecimento sobre o vírus, enquanto Brasil desenvolve vacina nacional
A farmacêutica registrada Sapna Patel demonstra a preparação de uma dose da vacina contra a Mpox, também conhecida como varíola dos macacos, em uma clínica de vacinação do Departamento de Saúde Pública do Condado de Los Angeles na Biblioteca de West Hollywood, em 3 de agosto de 2022.

Foto: Mario Tama/Getty Images via AFP

20 de agosto de 2024

O diretor para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, afirmou nesta terça-feira (20) que o mundo está muito mais preparado para lidar com o Mpox e descartou comparações com a Covid-19.

“O mpox não é a nova covid. Seja a estirpe I do mpox, que originou a epidemia na África central e oriental, ou a clade II, responsável pela epidemia de 2022 no mundo, já sabemos muito sobre o clade II e como combater o mpox”, declarou Kluge durante uma coletiva de imprensa das agências da ONU.

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Apesar do conhecimento avançado sobre o clade II, que ajudou a controlar a epidemia de 2022, ainda restam dúvidas sobre o clade I, que tem causado um aumento de casos na República Democrática do Congo e também afeta países como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Em resposta, a OMS decretou uma emergência sanitária pública internacional em 14 de agosto, o mais alto nível de alerta.

O Mpox, identificado pela primeira vez em macacos na Dinamarca em 1958 e em humanos na República Democrática do Congo em 1970, é geralmente transmitido por contato com animais. No entanto, segundo Catherine Smallwood, do escritório europeu da OMS, a variante clade Ib parece circular exclusivamente dentro da população humana, com uma provável maior eficiência de transmissão entre pessoas.

A OMS também destacou que o clade I é considerado mais perigoso que o clade II, embora os especialistas ainda investiguem as diferenças entre as subvariantes Ia e Ib em termos de gravidade.

Brasil prioriza vacina nacional contra Mpox

No Brasil, a prevenção ao Mpox também é prioridade. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que o desenvolvimento de uma vacina nacional contra o vírus é um dos principais focos da Rede Vírus, um comitê de especialistas em virologia. Desde a primeira emergência global por Mpox, há dois anos, o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem trabalhado em um imunizante brasileiro, com base em uma semente do vírus fornecida pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.


A dose brasileira é desenvolvida a partir de um vírus semelhante ao do Mpox, atenuado para perder a capacidade de se multiplicar em humanos, garantindo segurança. No mercado global, existem atualmente duas vacinas disponíveis: a Jynneos, da Bavarian Nordic, que também usa um vírus atenuado e é recomendada para uma ampla faixa etária, e o ACAM 2000, da Emergent BioSolutions, que possui mais efeitos colaterais e restrições, sendo considerada menos segura.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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