PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mulher negra denuncia saudação racista em e-mail da Magazine Luiza

Susana Sena denuncia que o termo racista foi adicionado como último sobrenome em seu cadastro no site de compras da empresa
Ao verificar o status da compra, a mulher negra recebeu um e-mail da Magazine Luiza utilizando um termo racista.

Foto: Reprodução / Magazine Luiza

8 de janeiro de 2025

Na cidade de São Paulo, uma mulher negra, de 35 anos, denunciou ter sido vítima de injúria racial ao receber um e-mail da empresa Magazine Luiza com os dizeres “Olá, macaca”. O relato foi divulgado em reportagem do UOL, publicada nesta quarta-feira (8).

Susana Sena recebeu a mensagem durante uma tentativa de compra na plataforma online da empresa. Antes de finalizar, a vítima foi direcionada para realizar a atualização de seus dados cadastrais, que estariam em desconformidade.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

No procedimento, Susana teria recebido e-mails de confirmação após a troca de endereço, senha e até mesmo reconhecimento facial. No sábado (5), dia seguinte à compra, a mulher recebeu uma mensagem de atualização da situação do pedido, que iniciava o contato com a saudação racista.

Segundo a vítima, o sistema do site ainda teria sido alterado, com o termo racista adicionado como o último sobrenome em seu cadastro na plataforma.

“Eu saí do e-mail, atualizei a página, fechei o Outlook e entrei no meu cadastro para ver como estava escrito meu nome. Eu fiquei parada uns 20 minutos na cama, sem entender o que aconteceu. Isso é muito sério, eu já chorei em casa, na rua e na delegacia”, relatou a vítima.

À TV Globo, a mulher informou que foi procurada por uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da companhia, que teria pedido desculpas pelo ocorrido. O caso foi registrado no 50º Distrito Policial (DP) do Itaim Paulista, na capital. 

Em nota, a Magazine Luiza lamentou o ocorrido e informou ter adotado medidas para evitar que episódios semelhantes aconteçam novamente. A empresa também afirma que as mensagens de confirmação e operações de autenticação biométrica são feitas de modo “100% digital, sem nenhuma interação humana”.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano