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Mulheres precisam estudar mais para alcançar cargos de liderança

Em dez anos, o índice de empregabilidade feminina também cresceu pouco
Duas mulheres negras cumprimentam um homem branco no local de trabalho.

Foto: Pixabay

6 de março de 2024

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria revelou que as mulheres ocupam 39,1% dos cargos de liderança no país, apesar de dedicarem mais tempo aos estudos do que os homens.

Ainda que a cifra represente um aumento de menos de quatro pontos percentuais em relação a 2013, quando ocupavam 35,7% das posições de liderança, os dados mostram que as mulheres empregadas estudaram 12 anos, em média, enquanto os homens conquistaram os cargos de chefia estudando por 10,7 anos, em média.

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Intitulada “Mulheres no Mercado de Trabalho”, a análise foi realizada pelo Observatório Nacional da Indústria, com base em microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo também destaca que a paridade de gênero “ainda representa um desafio global”. De acordo com estimativas do Fórum Econômico Mundial, serão necessários 131 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres, mantendo a atual velocidade de progresso econômico, em saúde, educação e participação política.

Segundo a CNI, em 2023, a paridade no Brasil atingiu 78,7 pontos em um total de 100. Em 2013, esse índice era de 72 pontos. A pontuação é estabelecida com base em cinco indicadores — empregabilidade, escolaridade, liderança, remuneração e trabalho reprodutivo que, juntos, formam a pontuação total. Quanto mais próximo de 100, maior a semelhança. 

Em dez anos, o índice de empregabilidade feminina também cresceu pouco: 6,4%. Segundo o levantamento, as mulheres passaram a estar ocupadas de 62,6%, em 2013, para 66,6%, em 2023.

“Precisamos continuar avançando e rápido. É urgente ampliar o debate e implementar medidas concretas para chegarmos a um cenário de equidade plena no mercado de trabalho brasileiro”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, na publicação da pesquisa. 

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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