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‘Narrativas Plurais’: plataforma disponibiliza saberes decoloniais e contracolonais

Plataforma busca produzir, propagar e tornar acessíveis cursos, workshops, aulas abertas, palestras e formações
Bruno Rico e Danielle Vallim, criadores da plataforma Narrativas Plurais.

Bruno Rico e Danielle Vallim, criadores da plataforma Narrativas Plurais.

— Thiago Maia

3 de maio de 2025

Aprendizado libertador como ferramenta de transformação social é a premissa da Narrativas Plurais, nova plataforma que desenvolve saberes decoloniais e contracoloniais, pensando na divulgação das informações que foram sistematicamente suprimidas pelo processo histórico colonial.

Lançada em 1 de maio, a plataforma disponibilizará uma palestra de Preto Zezé, empreendedor social e ex-presidente da Central Única das Favelas (CUFA), um curso das Mães de Manguinhos, um curso da jornalista Sara Wagner York, e um clube do livro, gravado pelo jornalista e pesquisador Bruno Manso.

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Dentro deste espectro, a plataforma inclui trajetórias, poderes, valores e memórias de gênero, raça, ancestralidade, sexualidade, política, espiritualidade, religião, leis, direitos, diásporas, entre outros.

O objetivo da Narrativas Plurais é produzir, propagar e tornar acessíveis cursos, workshops, aulas abertas, palestras e formações de saberes que se proponham à reparação dos efeitos da dominação colonial, promovendo uma reflexão e ruptura com padrões de poder colocados historicamente.

Danielle Vallim, idealizadora da plataforma, explica que a iniciativa funciona como um streaming de propagação de saberes decoloniais e contracionais, onde são condensadas informações, workshops e cursos, que não são produções acadêmicas, mas produções audiovisuais.

“É um espaço em que a pessoa vai entrar e terá uma rede de produção prioritariamente audiovisual, de cursos, de clubes do livro, com a representatividade de vozes que representem e que figurem essas pautas e ela terá esse streaming de audiovisual para acesso. É uma plataforma que também terá produção teórica e escrita, mas o principal é a quantidade de materiais audiovisuais, cujo os protagonistas e as protagonistas são pessoas que representam essas vozes”, revela.

O contracolonialismo figura principalmente pela representatividade de povos indígenas e quilombolas, onde a oralidade é responsável pela transmissão de sabedoria e no saber acadêmico não existe essa oralidade, é necessária toda uma metodologia e pesquisa para a produção desse saber.

“No contracolonialismo, esse saber imaterial é o que figura, o que representa essas vozes. Por isso o Narrativas Plurais se coloca como uma plataforma de saberes contracoloniais, mas também somos decoloniais e eles são complementares entre si”, pontua a idealizadora.

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