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Obras que destacam lutas sociais são finalistas do Prêmio Megafone de Ativismo

A 3ª edição bateu recordes de inscrições e selecionou artistas de todas as regiões do país
A imagem mostra um muro com a arte de Leo Mareco e um motoboy que a observa. A obra é uma das finalistas do Prêmio Megafone de Ativismo.

Foto: Leo Mareco/Redes sociais

28 de março de 2024

A 3ª edição do Prêmio Megafone de Ativismo bateu recorde de inscrições. Foram mais de mil iniciativas que abordaram a defesa dos direitos humanos e meio ambiente, os artistas selecionados são das cinco regiões do país. 

O perfil de quem fez as inscrições também é bastante revelador. Mais de dois terços (67%) foram feitas por pessoas não brancas — percentual semelhante às inscrições que foram feitas por mulheres cis e trans, que foi de 63%. A juventude entre 16 e 30 anos foi responsável por 56% das inscrições. E a região da Amazônia Legal, alvo constante de conflitos, representou 47% do total.

As obras e ações inscritas destacam assuntos que movimentaram o país no ano de 2023 e mostram como alguns temas ganharam relevância entre eles, o combate ao racismo.

Uma delas é o lambe do artista Leonardo Mareco, que usa um dos mais famosos quadros de Debret para mostrar como o passado escravocrata do país ainda se manifesta nos dias atuais por meio da “uberização”, e que concorre ao prêmio na categoria Arte de Rua.

Em Salvador diversas projeções feitas na cidade denunciam a violência contra os corpos negros. A iniciativa, que está entre os finalistas na categoria Ação Direta, fez parte da campanha lançada no dia 11 de dezembro do ano passado que, a partir de uma Carta Aberta assinada por 63 organizações, denuncia o crescimento da violência contra a população negra nos territórios urbanos e rurais do estado

No Rio de Janeiro, um grafite defende a indicação de uma mulher negra ao Supremo Tribunal Federal (STF). Assinado por Airá Ocrespo, a imagem materializa o pedido, mostrando uma mulher negra trajada como juíza e sentada em uma das características poltronas da instituição. Essa é uma das finalistas da categoria Arte de Rua do Prêmio Megafone de Ativismo.

Outra finalista na categoria Redes Sociais é o Crioula Curadoria Alimentar, do Rio Grande do Sul. Nele, sua criadora, Bruna Crioula, promove a educação política alimentar respeitando a ancestralidade africana, defendendo a integração da alimentação saudável à pauta do movimento negro.

A lista completa de artistas finalistas pode ser lida no site do Prêmio Megafone de Ativismo.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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