Nesta terça-feira (3), uma ação deflagrada pelas polícias Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro deixou três pessoas feridas no Complexo da Penha, Zona Norte da capital fluminense. A Operação Torniquete contou com a participação do Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Em coletiva de imprensa, a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) informou que foram destacados 634 homens, 130 viaturas, 20 blindados e envolvemos nessa grande ação policiais de 18 batalhões diferentes para a ação, cujo objetivo foi cumprir mandados de busca e prisão contra traficantes do Comando Vermelho (CV).
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Ainda de acordo com a corporação, as investigações teriam apontado o Complexo da Penha como centro estratégico e operacional na disputa territorial entre as facções cariocas. Segundo a Secretaria de Polícia, essa articulação entre criminosos fez com que a região fosse entendida como “crítica” e outras operações podem ocorrer futuramente sob essa justificativa.
Três civis feridos
Em nota, a organização não governamental Voz das Comunidades denunciou que três pessoas da comunidade da Penha foram atingidas pelos policiais. Entre os feridos, Ághata Alves de Souza, de 22 anos, está internada em estado grave após ser atingida por um disparo enquanto aguardava no ponto de ônibus.
Felipe Barcelos, de 26 anos, e Manuel Rodrigues, de 74, foram baleados enquanto estavam em locais públicos quando foram atingidos e já receberam alta.
A ONG também notificou ocorrências de disparos nas proximidades do confronto, invadindo casas e um ônibus circular do município. Além do impacto direto da violência armada, cerca de 16 escolas tiveram o dia letivo interrompido e oito linhas do transporte público tiveram seus itinerários alterados.