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ONU pede proteção a atletas que denunciarem violações nos Jogos Olímpicos de Paris

Durante a sessão, Rússia e Ucrânia foram advertidas de que a guerra entre os países não deve motivar ofensas racistas, xenófobas ou discriminatórias entre os esportistas
Faltam 24 dias para o início das Olimpíadas de Paris.

Foto: Reprodução/AFP

2 de julho de 2024

O Alto Comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Turk, defendeu que os atletas devem ter a liberdade de denunciar violações de direitos humanos, como racismo e discriminação, sem temer represálias. Essa declaração foi feita em vista dos Jogos Olímpicos Paris 2024, que ocorrerão em um contexto de guerra na Europa.

Durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, ocorrida no final desta segunda-feira (1), o porta-voz ressaltou que os atletas devem ter a capacidade de denunciar incidentes racistas, sexistas, agressões, violência contra mulheres, corrupção, discriminação com base na religião, deficiência, nacionalidade ou orientação sexual e identidade de gênero.

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Volker Turk também destacou os progressos que têm sido feitos na luta contra a discriminação, citando o exemplo da condenação de três torcedores espanhóis por ataques racistas ao jogador brasileiro Vinícius Júnior.

Reações

Durante o debate, a Rússia denunciou a tentativa da ONU de “eliminar o esporte russo e bielorrusso”, em referência à impossibilidade de os seus atletas representarem o país nos Jogos Olímpicos Paris 2024, motivada pela invasão e consequente guerra na Ucrânia. 

Já o representante da Ucrânia na ONU argumentou que a Rússia “já matou mais de 450 atletas ucranianos, entre os quais campeões do mundo”, e que os militares russos “destruíram mais de 500 instalações desportivas” em solo ucraniano.

No entanto, o Alto Comissário enfatizou após o debate que a guerra não deve ser motivo para atos racistas, xenófobos e de discriminação durante os Jogos Olímpicos de Paris. 

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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