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Pesquisa aponta queda no apoio às cotas para negros nos últimos 3 anos

Análise do Poder Data mostra que a taxa caiu de 60%, em novembro de 2021, para 50% em outubro deste ano
A política de cotas para negros em universidades públicas foi implementada em 2012.

Foto: Ana Marina Coutinho / Coordcom / UFRJ

21 de outubro de 2024

Uma pesquisa divulgada pelo Poder Data, divisão de pesquisas do Poder360, mostrou que o apoio às cotas para negros nas universidades públicas caiu dez pontos percentuais em três anos. 

Segundo o estudo, a taxa caiu de 60%, em novembro de 2021, para 50% em outubro deste ano. Por outro lado, a linha de eleitores que se opõem à proposta cresceu oito pontos percentuais desde que as entrevistas foram iniciadas, em novembro de 2020.

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Os dados foram coletados de 12 a 14 de outubro de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 181 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

A política de cotas para negros em universidades públicas foi implementada em 2012, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), para facilitar e assegurar o ingresso de grupos sociais nas instituições de ensino superior.

A medida visa diminuir desigualdades no país e ampliar o acesso à educação superior. De 2012 a 2022, segundo o governo federal, a entrada nas universidades por meio de ações afirmativas, como as cotas, aumentou em 167%. 

Em setembro deste ano, uma audiência pública realizada pela Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados defendeu a ampliação do sistema de cotas em concursos públicos, para incluir pessoas indígenas e quilombolas. Atualmente, a Lei 12.990/14, que perdeu vigência este ano, previa uma reserva de 20% das vagas para pessoas negras.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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