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PMs de folga matam 1 pessoa a cada 3 dias no estado de São Paulo, diz estudo

Segundo o levantamento do Brasil de Fato, a PM de SP corresponde a 55% das mortes cometidas por agentes de folga em todo o país
A pesquisa indica que a PM de São Paulo foi responsável por mais de 50% das mortes por agentes de folga em 2018, ano apontado como o letal.

A pesquisa indica que a PM de São Paulo foi responsável por mais de 50% das mortes por agentes de folga em 2018, ano apontado como o letal.

— Reprodução / SSP-SP

10 de dezembro de 2024

Nos últimos cinco anos, cerca de 781 pessoas foram mortas por agentes da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) que estavam fora de serviço. O levantamento, divulgado pelo Brasil de Fato na segunda-feira (9), indica a média de um homicídio a cada 2,8 dias.

A pesquisa considerou dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, referentes ao intervalo de 2018 a 2023. No período observado, os policiais militares de folga em todo o Brasil foram responsáveis por 1.421 mortes. O índice da PMSP corresponde a, aproximadamente, 55% das ocorrências do país.

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O primeiro ano da série se destacou como o mais letal, considerando apenas os policiais fora de serviço. A nível nacional, 320 pessoas foram mortas. As vítimas paulistas representaram cerca de 55,93% deste total, somando 179 óbitos.

Para Rafael Alcadipani, professor e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os índices expressivos se relacionam com uma política de segurança pública com influências ideológicas e “pouco técnica”. 

O professor ainda destaca que parte dos óbitos ocorrem em contexto de subutilização da força policial para a segurança privada, como empregos secundários.

“Boa parte destas mortes ocorrem quando policiais estão realizando ‘bicos’ para majorar a renda. Esses eventos ocorrem porque as pessoas não se sentem seguras na cidade”, aponta Alcadipani em trecho do levantamento. 

Violência policial em SP repercute no governo federal

Na última quarta-feira (4), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou uma apuração célebre, através da Secretaria de Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, sobre os recentes casos de violação de direitos cometidos por policiais militares de São Paulo.

A nota foi motivada após imagens de um PM do 24ª Batalhão jogando um homem por cima de uma ponte na Zona Sul da capital circularem pelo país. O caso ocorreu no dia 2 de dezembro e foi um dos episódios de violência que ganharam repercussão naquela semana.

Entre as medidas divulgadas pelo ministério, estão a designação de um delegado especial e o envolvimento da Corregedoria da Polícia Militar para adoção das medidas cabíveis.

O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP), do Ministério Público paulista (MPSP), será destacado para acompanhar o promotor natural do caso para atuar nas diligências. Também em nota, o órgão ressaltou a necessidade do controle externo da atividade policial do estado.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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