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Policiais presos por propina levaram dinheiro, bebidas e alimentos de comércios em Nova Iguaçu

Segundo a promotoria do MPRJ, apenas um dos policiais denunciados não foi encontrado e segue foragido da Justiça
A imagem mostra viaturas da PMERJ estacionadas em fileira com um policial a frente de cada.

Foto: Reprodução / PMRJ

8 de novembro de 2024

A 1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou uma operação, na última quinta-feira (7), para prender 22 policiais militares denunciados por corrupção passiva, negativa de obediência e associação criminosa. A ação foi deflagrada junto à Auditoria de Justiça Militar e a Corregedoria da Polícia.

Segundo informações do MPRJ, apenas um policial se encontra foragido. Os outros 21 mandados de prisão foram cumpridos pelos órgãos. A denúncia aponta que os agentes realizavam um “tour da propina” na cidade de Nova Iguaçu, coagindo diversos estabelecimentos para arrecadar dinheiro ilicitamente. Mesmo com a utilização de câmeras corporais, cerca de 54 empresas foram vítimas das guarnições. 

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Ainda de acordo com o Ministério, a apuração teve início após um denunciante anônimo relatar a prática no 20ª Batalhão de Polícia Militar, que estaria recolhendo propina em uma loja de reciclagem no bairro Miguel Couto. Com o monitoramento, a Delegacia de Polícia Judiciária Militar verificou que a conduta se repetia em outros comércios de diversas naturezas. 

Com datas fixas, o procedimento era repetido toda sexta-feira, com locais pré-estabelecidos para os recebimentos.  Ferros-velhos, distribuidores de gás e lojas de construção foram alguns dos principais alvos da quadrilha. Além do dinheiro, os policiais recolheram engradados de cerveja em depósitos e até mesmo frutas de um hortifruti.

Segundo o pedido de prisão, formulado pela Corregedoria da PM, o comportamento “ousado” dos denunciados transformou o serviço da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) em uma verdadeira “caçada ao ‘arrego’”, termo utilizado para se referir ao pagamento de propina.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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