Para marcar o Dia da Justiça, celebrado no Brasil em 8 de dezembro, um grupo de magistradas que atuam no estado de São Paulo criou o primeiro coletivo de mulheres juízas que se define como feminista e antirracista.
O objetivo da comunidade é promover a igualdade de gênero e de raça e o fortalecimento da atuação de mulheres na magistratura, em especial de mulheres negras.
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O Coletivo Sankofa segue a proposta de ato normativo de relatoria da desembargadora Salise Sanchotene, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovado por unanimidade, em setembro deste ano.
O nome do grupo faz referência à simbologia africana de Sankofa. O conceito expressa o retorno ao caminho para adquirir conhecimento do passado, a sabedoria e a busca da herança cultural dos antepassados para construir um futuro melhor.
A resolução de setembro assegura que juízas de 1º grau tenham acesso aos tribunais de 2º grau, com a implementação de políticas de cotas raciais estabelecidas pelo CNJ, que definiu a iniciativa como um “avanço civilizatório”.
Durante os três meses de atividade, o coletivo já acolheu mais de cem juízas de direito, federais. Atualmente, o grupo congrega uma diversidade de experiências, desde juízas com mais de 30 anos de carreira até aquelas com dois ou três anos de profissão, destacando a amplitude do movimento. O evento oficial de constituição do grupo está previsto para 2024.