Um professor fez uma denúncia nas redes sociais envolvendo uma loja de brinquedos localizada no Botafogo Praia Shopping, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o relato, o estabelecimento praticou uma associação racista ao posicionar bonecas brancas ao lado de um macaco e uma boneca negra em um berço na vitrine.
“Passeando pelo @botafogopraiashopping me deparo com esse absurdo na loja @gamelandiabrinquedos. Parear uma criança preta com um macaco é cruel demais! Por meio desse símbolo, a criança negra internaliza sua posição como subalterna e crianças brancas são incentivadas a reproduzir o negro como um animal, um inferior”, relatou Moisés Machado no Instagram.
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“Em nossa sociedade, o racismo não é velado, é ESCANCARADO! Esse mal precisa ser combatido! Exigimos uma atitude já quanto a esse crime!”, conclui a denúncia, que também foi registrada na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) pelo educador.
Na publicação, outros usuários expuseram que a ação publicitária também está presente na unidade do Shopping Nova América, localizada na zona norte do Rio de Janeiro. “No Nova América também tem esse berço, fiquei assustado quando vi!”, diz um dos comentários.
Outro usuário do Instagram reitera que uma denúncia sobre o caso já foi realizada, mas não obteve resposta. “Professor, eu passei por essa vitrine no dia 17 de fevereiro, fiquei chocada e pedi providências ao SAC do shopping. Nada foi feito”, ressalta o comentário.
Após a repercussão do caso, a loja Gamelandia Brinquedos emitiu uma nota de esclarecimento em repúdio aos “atos racistas, homofóbicos ou de qualquer natureza preconceituosa e discriminatória”.
“Queremos esclarecer que em momento algum houve a intenção de promover qualquer tipo de ato racista. Somos conhecidos por oferecer produtos artesanais de alta qualidade, como bebês rebonizados e animais rebonizados, incluindo cachorros, pandas, coelhos, porcos, macacos e avatares. Nosso objetivo sempre foi proporcionar aos nossos clientes peças únicas e encantadoras, sem distinção de raça ou origem”, ressalta um trecho da publicação.
