O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) cobrou medidas de combate à dengue nas escolas do estado, que iniciaram o ano letivo nesta quinta-feira (15) em mais de 5 mil unidades da rede estadual de ensino.
Diante do aumento de casos em todo o país, os educadores alegam que não receberam orientação específica sobre a doença para proteger os profissionais e os alunos, que somam mais de três milhões de jovens.
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A entidade afirma que um requerimento será enviado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e à Secretaria de Saúde para solicitar uma campanha educativa e a devida fiscalização nas escolas públicas, que têm potencial para atuarem como um polo de combate à dengue.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou que o estado contabiliza 11 mortes por dengue. Os óbitos estão distribuídos por oito cidades. No total, o Brasil registrou 84 mortes pela doença e outras 346 sob investigação.
De acordo com painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, os casos de dengue em São Paulo mais que triplicaram desde o início de 2024. Neste ano, o estado já registra 85.661 casos da doença, enquanto, no mesmo período do ano passado, eram 27.689.
Vacinação contra a dengue no Brasil
Atualmente, 521 cidades de 16 estados foram selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a campanha de vacinação contra a dengue. Segundo a pasta, os municípios compõem um total de 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença.
O Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a dar início à campanha de vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O estado de Goiás também iniciou a imunização de crianças de 10 e 11 anos em 51 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde.
Em São Paulo, nove cidades estão na lista para receber os imunizantes: Guarulhos, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Biritiba-Mirim e Salesópolis.
O público-alvo para a imunização, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, foi acordado seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), mas precisou ser fracionado em razão da quantidade limitada de doses fornecidas pelo fabricante, o laboratório japonês Takeda.