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Projeto apresenta metodologia para fortalecer ensino afro-brasileiro nas escolas

Ação Educativa visa atualizar formação de profissionais para eliminar estimas presentes na sociedade
Imagem mostra uma adolescente negra caminhando de costas em direção à escola.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

1 de janeiro de 2024

A ONG Ação Educativa lançou um guia para instituições de ensino avaliarem as suas práticas escolares no enfrentamento ao racismo, além de fortalecer a Lei 10.639/2003, que há 20 anos, torna obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira nas escolas

A nova edição dos Indicadores da Qualidade na Educação – Relações Raciais na Escola reforça que o marco legal busca eliminar estigmas e dar visibilidade à contribuição de afrodescendentes para a formação social brasileira. 

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No entanto, a iniciativa ressalta que para isso “é necessário um amplo esforço de atualização da formação de profissionais da educação e produção de novos materiais e metodologias para trabalho junto aos estudantes”. 

O material também propõe uma abordagem geral de diagnóstico participativo para avaliar a postura da instituição de ensino diante do racismo. Com base nos dados obtidos, cada instituição tem a oportunidade de identificar prioridades e elaborar planos de ação.

A ideia é que a metodologia provoque conversas e debates na escola para que a comunidade escolar avalie em conjunto como a escola está enfrentando o racismo nos relacionamentos e atitudes do cotidiano. 

O documento apresenta questões acessíveis para estimular debates e facilitar conversas e trabalhos em grupo, que resultarão em um diagnóstico. Para essa análise, a publicação sugere um conjunto de perguntas que abrangem desde os relacionamentos e atitudes racistas, até a atuação dos profissionais de educação e a relação com o território.

O referencial metodológico foi elaborado pelo Projeto Sistema Educacional Transformador Antirracista(SETA) — desenvolvido por um grupo de entidades antirracistas — em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação (MEC) e o Ministério de Igualdade Racial (MIR). O projeto também contou com o apoio técnico da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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