Na reta final, campanha de financiamento do projeto “UX para Minas Pretas” visa inserir mulheres negras no mercado tecnológico
Texto: Jonas Carvalho | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação
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Mulheres e pessoas negras representam somente um terço dos profissionais de tecnologia e inovação nas empresas, apesar de corresponderem a mais da metade da população brasileira, conforme indica a pesquisa #QuemCodaBr. A fim de mudar essa realidade, o projeto “UX para Minas Pretas” busca arrecadar fundos que serão transformados em iniciativas para capacitar e auxiliar mulheres negras no mercado da tecnologia com bolsas de estudo, eventos online, contratação de ferramentas digitais, entre outras.
“Existe uma lacuna entre as mulheres negras e as empresas de tecnologia. Um dos meios de minimizar esses danos é criando ações afirmativas para que mulheres negras alcancem essas oportunidades. Nosso objetivo é cada vez mais expandir a iniciativa para outros estados e atingir o máximo de meninas”, afirma o projeto.
Para cada R$ 1 arrecadado pelo financiamento, o Fundo Colaborativo “Enfrente” contribuirá com mais R$ 2. São nove faixas de valor de colaboração, a partir de R$ 10. O prazo para colaborar com a iniciativa termina na sexta-feira (12) e está disponível no site da benfeitoria Apoie Minas Pretas.
O projeto também se faz importante diante da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Com as medidas de distanciamento social, várias empresas reduziram as contratações de profissionais, além de demitir e diminuir o valor dos salários.
“O impacto disso é que atualmente temos poucos produtos e serviços democráticos, criados por equipes mais diversas e para o máximo de pessoas possíveis, ou seja, eles não são criados a partir de outros olhares. Por isso, pedimos sua ajuda para arcar e construir o melhor cenário durante a pandemia e posteriormente, principalmente focando no auxílio para mulheres periféricas”, explica a iniciativa.