Movimentos sociais espalham mensagens contra o racismo na Zona Sul da capital paulista
Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Coletivo RUA
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As manifestações contra o racismo não se limitam aos centros das cidades e acontecem também nas periferias e de diferentes formados. Recentemente, o recado da luta antirracismo na cidade de São Paulo tem estampado muros e postes. Desde o domingo (21), o Movimento Negro Unificado (MNU) e o coletivo RUA (Juventude Anticapitalista) promovem uma intervenção com imagens em lambe-lambe.
O material também faz críticas a Jair Bolsonaro (Sem partido). Para os ativistas, o atual governo promove uma série de ataques às conquistas históricas do movimento negro desde o início do mandato, em janeiro de 2019.
Durante a colagem dos cartazes na Zona Sul, os manifestantes conversaram sobre política com as pessoas. “A colagem gerou um breve debate sobre direito à cidade, rap, racismo, violência policial e o levante negro nos Estados Unidos, com um pequeno grupo que chegou ao local”, conta Otávio Pereira, integrante do movimento RUA.
As ações de intervenção urbana para falar sobre a luta antirracista fazem parte das atividades do espaço cultural QuilomBar, na Vila Gilda, no Extremo Sul da capital. O local foi criado para promover a cultura periférica por meio de debates, palestras, saraus e shows de rap.
“Na Zona Sul, foram colados cartazes com mensagens antirracismo e com pedidos de #ForaBolsonaro, em espaços de grande circulação de trabalhadores e da juventude negra, como a praça do bairro Cidade Ipava, onde ficam uma pista de skate, um mercado e um ponto de ônibus. Além do Castelinho, que fica às margens da represa Guarapiranga, distrito do Jardim ngela”, acrescenta Pereira.
Em razão da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, o espaço que fica em uma das regiões mais afetadas pelos efeitos da doença tem feito campanhas para arrecadar alimentos e entregar cestas básicas para os moradores.