Desde o início do ano, mais de 154 mil focos de calor foram registrados em todo o território nacional. Conforme aponta o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia concentrou 42,7% de todas as ocorrências registradas no último domingo (1) e segunda-feira (2).
Os dados do Inpe são gerados por satélites, que captam imagens de áreas entre 375 metros quadrados (m²) e quatro quilômetros quadrados (km²). O órgão informa que, devida a variação na captação, cada foco analisado pode representar uma ou diversas frentes de fogo ativas.
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Comparando com os demais países da América do Sul listados pelo programa, o total de incêndios no Brasil equivale a soma das ocorrências registradas no Paraguai, Colômbia, Argentina, Venezuela e Bolívia. Apenas nos três primeiros dias de setembro, o INPE contou a média parcial de 848 registros.
Os incêndios brasileiros apresentaram um aumento de 101% em relação ao mesmo período de 2023, que obteve um total de 67.476 focos de calor.
A região amazônica lidera entre os biomas mais atingidos. Porém, a cidade de Corumbá (MS), na região do Pantanal, foi o local que registrou mais focos de incêndio , com 4.245 mil registros de janeiro a setembro de 2024. O segundo município com mais ocorrências foi Apuí, no estado do Amazonas, com mais de 3 mil ocorrências até a última sexta-feira (27).
Conforme indicam dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a área consumida pelo fogo na Amazônia já ultrapassa os 5,5 milhões de hectares.
Texto com informações da Agência Brasil*