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Quilombolas do território Kalunga ganham espaço para venda de produtos artesanais 

O espaço em Cavalcante, Goiás, visa atrair visitantes e expandir a comercialização de alimentos produzidos localmente pelas comunidades quilombolas
Imagem do Documentário “Adobe: Habilidades Tradicionais da Construção Kalunga”, de Deusenir Santana.

Imagem do Documentário “Adobe: Habilidades Tradicionais da Construção Kalunga”, de Deusenir Santana.

— Divulgação

29 de março de 2025

A Associação do Quilombo Kalunga recebeu o 1° armazém para a venda dos produtos da agricultura familiar e extrativismo, que irão beneficiar mais de 280 famílias de produtores e artesãos.   O evento de inauguração ocorre até o dia 30 de março e contará com manifestações artísticas e uma exposição de produtos artesanais da cultura quilombola em Cavalcante, Goiás.

O objetivo do novo espaço é atrair todas as famílias do território e visitantes das cidades no entorno da Chapada dos Veadeiros e Brasília. O local busca expandir a venda dos produtos Kalunga, típicos do Cerrado, como a castanha do baru e o pequi. 

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A lista inclui ainda alimentos gerados de forma artesanal como a farinha do jatobá e a farinha Kalunga, rapadura, melado da cana e mel de abelha. Outros itens também serão produzidos, como arroz e feijão, por mais de 3.500 quilombolas.

Construído a partir da técnica de adobe pelos homens quilombolas da associação, o local terá 80% de mulheres quilombolas à frente da comercialização. A cidade de Cavalcante é a terceira do Brasil com a maior proporção de moradores quilombolas, com 57% da população pertencente a essa comunidade, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As comunidades Kalunga compõem 39 regiões, com mais de 8 mil quilombolas, nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás, localizados no Nordeste do estado goiano. 

Em 2021, o quilombo foi reconhecido como o primeiro Território e Área Conservada por Comunidades Indígenas e Locais (Ticca) do Brasil, pelo Programa Ambiental das Nações Unidas. Para obter o Ticca, é necessário que o território seja uma área preservada, respeitando os costumes da população, o cultivo da terra e o trabalho exercido.

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