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Relatório denuncia recrutamento forçado de crianças e adolescentes por fome e medo no Haiti

Documento publicado pela Anistia internacional aponta a violação da infância com o recrutamento de gangues armadas
Uma criança passa por uma clínica fechada de Médicos Sem Fronteiras (MSF) na comuna de Tabarre, em Porto Príncipe, Haiti, em 20 de novembro de 2024.

Uma criança passa por uma clínica fechada de Médicos Sem Fronteiras (MSF) na comuna de Tabarre, em Porto Príncipe, Haiti, em 20 de novembro de 2024.

— Clarens Siffroy/AFP

27 de fevereiro de 2025

A Anistia Internacional publicou nesta quarta-feira (26) um relatório que denuncia o recrutamento forçado de crianças e adolescentes por gangues no Haiti. O avanço da crise ocorre pelo domínio das facções criminosas que controlam 85% da capital, Porto Príncipe, e utilizam o medo de represálias e a fome para o recrutamento. 

A organização afirma que o recrutamento generalizado contribui para a formação de uma nova geração de membros. As gangues se fortaleceram diante da instabilidade política do país e operam na área metropolitana de Porto Príncipe e arredores. 

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O país vivencia uma das crises alimentares mais graves do mundo, atingindo quase metade da população. Segundo o Programa Mundial de Alimentos(PMA), dos 11,7 habitantes, cerca de 4,3 milhões atualmente vivem em situação de fome aguda.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef),o número de crianças recrutadas pelas gangues no país caribenho cresceu 70% em um ano, representando quase metade dos membros das organizações criminosas que operam na região.

Relatos de violência sexual

O documento apresenta diversos relatos de violência sexual, estupro ou comércio sexual promovidos por gangues, com casos que envolvem vítimas de estupro coletivo e sequestro.

A falta de acesso de assistência social e psicológica afeta ainda mais o cenário vivenciado pelas crianças haitianas, que não possuem suporte.  A Anistia Internacional proprõe legalizar o aborto seguro devido à proibição do procedimentoaté mesmo em casos de estupro por violencia sexual, levando muitas garotas há buscar métodos inseguros para interrmpoer a gravidez. 

O cenário na comunidade Internacional

A entidade apresenta recomendações ao governo do Haiti, como solicitar apoio da Organização dos Estados Americanos(OEA), além de outros países na região para preservar a infância de crianças e adolescentes.

“A comunidade internacional não pode continuar a fazer promessas vazias e expressar preocupação oca sobre a situação no Haiti. O país necessita de assistência técnica e financeira imediata e sustentada para proteger as crianças”, afirma a Anistia Internacional.

A entidade reforça a situação do controle imigratório da República Dominicana e dos Estados Unidos e pede para que suspendam a deportação de refugiados haitianos que fogem da crise humanitária do país. Além de apontar o controle de venda ilegal de armas que chegam na região, principalmente por parte dos Estados Unidos que agravou a violencia no Haiti.

Com informações da Agência Brasil

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