Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) apontam para o menor número de mortes por intervenções policiais em oito anos. Foram 57 mortes no mês de janeiro, que comparados ao mesmo mês do último ano, apresentam uma queda de 45%.
A última menor taxa de mortes por intervenções policiais foi registrada em 2016, com 53 óbitos.
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O pesquisador Robson Rodrigues, do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Rio de Janeiro (UERJ), indica que este fenômeno está relacionado a implementação de câmeras corporais nos agentes da polícia.
“Isso é um fator que tem que ser considerado. São unidades que realizam operações mais letais, então a utilização da câmera trouxe uma certa contenção de condutas tanto dos policiais […] quanto da instituição.”, comenta Rodrigues, em entrevista à Agência Brasil.
Para ele, as câmeras podem levar as instituições a repensar seus protocolos e se “readequar aos parâmetros legais e se aperfeiçoar dentro do que se espera de uma instituição policial num Estado democrático de Direito”.
Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Militar, até o momento foram implementados mais de 12 mil aparelhos em agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil.