O Ministério da Igualdade Racial (MIR) informou que das 147 comunidades quilombolas, distribuídas por 68 municípios do Rio Grande do Sul, 136 encontram-se em estado de calamidade ou em situação de emergência, ou seja 97% foram atingidas de alguma forma pelas enchentes.
A pasta reforçou ainda que, apesar de não estarem em municípios declaradamente afetados, as 11 comunidades restantes não necessariamente encontram-se em segurança, já que podem estar em vulnerabilidade por conta de isolamento geográfico, bloqueio total ou parcial de estradas que dificultam a chegada de mantimentos ou deslocamento entre municípios ao redor.
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A perda de lavouras e/ou instalações produtivas, o desemprego causado pela destruição ou danificação dos seus locais de trabalho fora dos territórios também colocam essas comunidades em situação de vulnerabilidade.
O MIR, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome iniciaram entregas de cestas básicas em áreas mapeadas como possíveis condições de vulnerabilidade aguda. Mais de 1 mil cestas básicas foram distribuídas para famílias quilombolas de Porto Alegre e região metropolitana na última semana de maio. Ainda estão previstas entregas de mais cestas, que totalizam 1.815 unidades para dez comunidades.
Paralelamente às ações mais emergenciais, o MIR afirma tem trabalhado em ações de reconstrução do estado e de suas comunidades. Uma das frentes de atuação é a elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PGTAQ) específicos para as comunidades atingidas, de maneira a orientar processos de mitigação e adaptação nestes territórios.