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RS: 93% das comunidades quilombolas foram atingidas pelas enchentes

Segundo o Ministério da Igualdade Racial, 136 quilombos encontram-se em estado de calamidade ou em situação de emergência
Vista do bairro de São José coberto de lama após as enchentes devastadoras, em Lajeado, Rio Grande do Sul, Brasil, em 16 de maio de 2024.

Foto: Nelson Almeida/AFP

3 de junho de 2024

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) informou que das 147 comunidades quilombolas, distribuídas por 68 municípios do Rio Grande do Sul, 136 encontram-se em estado de calamidade ou em situação de emergência, ou seja 97% foram atingidas de alguma forma pelas enchentes. 

A pasta reforçou ainda que, apesar de não estarem em municípios declaradamente afetados, as 11 comunidades restantes não necessariamente encontram-se em segurança, já que podem estar em vulnerabilidade por conta de isolamento geográfico, bloqueio total ou parcial de estradas que dificultam a chegada de mantimentos ou deslocamento entre municípios ao redor.

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A perda de lavouras e/ou instalações produtivas, o desemprego causado pela destruição ou danificação dos seus locais de trabalho fora dos territórios também colocam essas comunidades em situação de vulnerabilidade. 

O MIR, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome iniciaram entregas de cestas básicas em áreas mapeadas como possíveis condições de vulnerabilidade aguda. Mais de 1 mil cestas básicas foram distribuídas para famílias quilombolas de Porto Alegre e região metropolitana na última semana de maio. Ainda estão previstas entregas de mais cestas, que totalizam 1.815 unidades para dez comunidades.

Paralelamente às ações mais emergenciais, o MIR afirma tem trabalhado em ações de reconstrução do estado e de suas comunidades. Uma das frentes de atuação é a elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PGTAQ) específicos para as comunidades atingidas, de maneira a orientar processos de mitigação e adaptação nestes territórios. 

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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