Casos emblemáticos de violência policial nos EUA reverberam em protestos por Justiça, após meses sem que os culpados sejam devidamente acusados pelos crimes
Texto: Redação I Edição: Nataly Simões I Imagem: Ed Reed / Mayoral Photography Office NYC
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O assassinato de George Floyd asfixiado durante mais de oito minutos pelo policial branco Derek Chauvin, em 25 de maio, foi visto ao redor do mundo com a viraliização das imagens. Nesta semana, quatro meses depois, o trecho da avenida onde aconteceu o crime foi renomeado para George Perry Floyd Jr. Place, pela Prefeitura de Minneapolis.
Nos EUA estreou no começo de setembro na plataforma Hulu, concorrente da Netflix, um documentário sobre o caso de violência policial que resultou na morte da jovem Breonna Taylor, na cidade de Louisville, no Kentucky, em 13 de março.
Ela estava com o namorado dentro do apartamento quando os policiais bateram na porta, depois da meia noite. O casal achou que era uma tentativa de assalto e não abriu a porta. O namorado disparou um tiro contra a porta e os policiais fizeram mais de 20 disparos, que atingiram Breonna e um apartamento vizinho, de acordo com a imprensa local.
O caso de Floyd gerou a onda de protestos do movimento “BlackLivesMatter”. A morte de Breona, que ganhou repercussão mundial depois de alguns meses, gerou a campanha “Say Her Name”, com o apoio de gigantes da indústria musical, como Beyoncé.
Um dos três policiais envolvidos na morte de Breonna foi demitido e os outros dois afastados, mas nenhum deles foi judicialmente responsabilizado, segundo a rede BBC. Vários estados americanos analisam leis que proíbam o mandado de busca em residências sem aviso ou identificação dos policiais.
O policial que matou Floyd foi preso e acusado por homicídio em segundo grau. É uma acusação mais branda pela lei americana, pois pressupõe que, apesar da intenção perigosa, não havia a motivação de matar.