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Sargento da PM é preso por matar feirante em saída de balada no Rio

O policial militar Fernando Ribeiro aguardará a audiência de custódia na 22ª Delegacia Policial, na Penha, zona Norte do Rio
A foto mostra o 3º Sargento da PMERJ Fernando Ribeiro Baraúna, preso em flagrante por matar um jovem feirante no último domingo (6).

A foto mostra o 3º Sargento da PMERJ Fernando Ribeiro Baraúna, preso em flagrante por matar um jovem feirante no último domingo (6).

— Reprodução/Redes sociais

7 de abril de 2025

A Polícia Civil prendeu, no último domingo (6), o 3º sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) Fernando Ribeiro Baraúna pela morte do feirante Pedro Henrique Morato Dantas, de 20 anos, na Zona Norte da capital fluminense. A vítima se preparava para trabalhar quando foi alvejada pelo policial.

O crime ocorreu na madrugada de domingo, na praça Panamericana, no bairro da Penha. Ao sair de uma balada, a mulher do policial teria reconhecido o jovem como o homem que havia se desentendido com o casal previamente na festa, da qual o casal teria sido expulso pouco antes do assassinato.

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O PM, que estava à paisana, disparou contra a vítima, que montava barracas em uma feira livre com seus colegas. O jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O casal alega que o jovem teria os ameaçado com uma faca.

Testemunhas que presenciaram os fatos registraram em vídeo a abordagem da polícia com o sargento. Enquanto Fernando Ribeiro aparece sem algemas no banco de trás da viatura, a mulher faz gestos ofensivos para os colegas da vítima.

“A gente trabalhando na barraca do pastel, meu amigo trabalhador, que frita [os pastéis]. Um cruel veio, diz ele que confundiu com o assalto que teve. Olha, matou meu amigo trabalhador”, diz uma mulher no vídeo. 

Segundo comunicado da PMERJ, o policial alegou ter efetuado os disparos. Após ser preso em flagrante, ele foi conduzido à 22ª Delegacia de Polícia, na Penha, e autuado por homicídio qualificado.

O PM deve permanecer preso até a audiência de custódia, procedimento que analisa a legalidade da prisão. A audiência poderá converter a prisão em preventiva, temporária ou decidir soltar o policial para que responda em liberdade.

Ainda de acordo com a corporação, a Corregedoria da PMERJ instaurou um procedimento  interno para averiguar o caso. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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