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Segunda colocada do troféu Masterchef venceu depressão ao criar marca de diversidade

23 de setembro de 2020

Ana Cláudia, participante do reality de culinária desta semana, criou uma marca de produtos escolares com foco na diversidade étnica e inclusão de crianças e adolescentes negros no ambiente escolar

Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação

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Mulher, mãe e empreendedora. É assim que Ana Cláudia Silva, de 35 anos, se apresenta. A segunda colocada do reality de culinária Masterchef 2020, exibido pela TV Bandeirantes nesta terça-feira (22), mostrou ao público que cozinhar está em seu DNA ao apresentar a culinária raiz que aprendeu ainda pequena, com a mãe.

“Participar do Masterchef foi uma experiência onde eu pude mostrar uma culinária que eu já tinha desde a minha infância. Cozinhar sempre foi um hobby e depois dos filhos (três), virou uma obrigação também. É uma atividade que eu tenho na minha rotina diária. Foi a minha mãe que me ensinou a cozinhar. Desde muito nova, eu já ajudava em casa”, recorda.

Além do talento para a culinária, Ana Cláudia mora em Guarulhos, município da região metropolitana de São Paulo, é pedagoga, empreendedora e fundadora da Afra, marca de produtos escolares com foco na diversidade étnica e inclusão racial das crianças e adolescentes no ambiente escolar. A ideia é trazer identidade ao mercado de papelaria e progresso nos índices de ensino das crianças negras dentro das escolas.

As iniciativas nas quais a profissional se envolve foram como um fio impulsionador em sua vida, especialmente quando ela enfrentou uma depressão, em 2017. “Eu trabalho com pedagogia e tive um período complicado no sentido emocional. Resolvi voltar a estudar e descobri o afroempreendedorismo. Depois de muita pesquisa, em setembro de 2018, criei a minha marca. Sempre achei péssimo os meus filhos não acharem um caderno ou uma mochila, por exemplo, que não tivesse qualquer referência com os traços negros deles”, conta.

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(Foto: Acervo Pessoal)

A vice-campeã do reality culinário desta semana sempre teve consciência racial e conta que ser uma mulher negra a inspira a querer fazer a diferença. “Seja com a minha marca ou como mulher negra que está representando muitas outras no Masterchef Brasil”, descreve.

“Eu estava ali em meu nome, mas também no de muitas mulheres negras que cozinham quando chegam em casa depois de um dia inteirinho de trabalho. Eu tinha a responsabilidade de ser uma mulher preta, mãe preta, afroempreendedora, que gosta de cozinhar,e que teve a oportunidade de mostrar que podemos nos destacar”, complementa.

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