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Simulador de voo é transformado em jogo para identificar desmatamento na Amazônia

Em 2023, garimpo ilegal devastou quatro campos de futebol por dia em terras indígenas
“Flying Guardians”, modificação independente (MOD) que edita simulador de voo hiper-realista.

Foto: Divulgação

7 de abril de 2024

Um estudo do Greenpeace Brasil mostrou que as ações do garimpo ilegal resultaram na devastação de 1.409,3 hectares em terras indígenas durante o ano de 2023. A área desmatada equivale a quatro campos de futebol sendo explorados por dia.

Para abordar o tema, a instituição se aventurou no universo dos jogos eletrônicos — cenário no qual o Brasil figura como o maior mercado gamer da América Latina —, ao lançar o “Flying Guardians” (Guardiões Voadores), uma modificação independente (MOD) que edita um simulador de voo hiper-realista.

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Usando imagens de satélite da Planet Labs PBC, a modificação permite aos jogadores observarem incidentes reais de mineração ilegal e desmatamento na Amazônia, em especial nas terras Munduruku e Yanomami. 

Segundo o porta-voz da frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas, a tecnologia usada mostra a cada jogador que sobrevoar as áreas protegidas da Amazônia, a destruição causada pelo garimpo ilegal na região. 

Isso permite que sejam identificados possíveis locais de incidentes e suas coordenadas exatas, pois a ferramenta de ciberativismo substitui os mapas originais do jogo por dados de satélite atualizados ao longo do ano.

As customizações no simulador de voo incluem opções de aeronaves do Greenpeace utilizadas em ações de proteção ambiental. Há ainda quatro torres de comando para informar coordenadas geográficas sobre as terras indígenas Munduruku e Yanomami, além de comandos para assinar o abaixo-assinado “Amazônia Livre de Garimpo” sem sair do jogo. 

Acesse o site oficial do simulador de voo para mais informações.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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