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STF julgará Carla Zambelli em caso de perseguição a jornalista negro

Carla Zambelli poderá ser condenada por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo
A foto mostra a deputada federal Carla Zambelli apontando uma arma para o jornalista Luan Araújo, em outubro de 2022.

A foto mostra a deputada federal Carla Zambelli apontando uma arma para o jornalista Luan Araújo, em outubro de 2022.

— Reprodução / Redes Sociais

12 de março de 2025

Na terça-feira (11), o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou a data do julgamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O caso ocorreu em 2022, quando a parlamentar sacou uma pistola e perseguiu um jornalista negro.

O episódio aconteceu às vésperas das eleições presidenciais, após uma discussão política durante uma manifestação no bairro Jardins, na região central de São Paulo. A denúncia contra Zambelli foi aceita pela Corte em agosto de 2023, quando ela se tornou ré.

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Na época, nove ministros votaram a favor de tornar a deputada ré no caso. O ministro André Mendonça entendeu que não caberia ao Supremo analisar o caso, enquanto o ministro Nunes Marques se posicionou pela rejeição da denúncia.

Zambelli ainda tentou um acordo de não persecução penal no decorrer do processo, em abril de 2024. A solicitação foi negada pela Procuradoria Geral da República (PGR), que destacou não ter identificado os requisitos necessários para o benefício, como reparação do dano, o pagamento de indenizações ou serviços comunitários, suficientes para a reprovação e prevenção do crime.

O acordo de não persecução criminal é uma medida prevista no Código de Processo Penal, que pode ser oferecida quando o investigado confessa a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a quatro anos. Após a recusa da PGR, o ministro do STF Gilmar Mendes deu continuidade à ação. As audiências de instrução ocorreram em junho do ano passado.

A deputada será julgada pelos ministros do Supremo entre os dias 21 e 28 de março, em plenário virtual, e não haverá deliberação presencial. O processo foi liberado para julgamento pelo ministro e relator da ação penal, Gilmar Mendes. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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