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Trabalhadores baianos são resgatados de condições de trabalho degradantes no ES

Recrutados na Bahia, os 11 trabalhadores rurais foram encontrados em alojamentos em meio a uma fazendo de cultivo de café
A imagem mostra as mãos de uma pessoa que trabalha em uma plantação de café.

A imagem mostra as mãos de uma pessoa que trabalha em uma plantação de café. 11 trabalhadores foram resgatados

— Lilo Clareto/Repórter Brasil

16 de maio de 2024

Com propostas de salários altos, 11 trabalhadores foram encontrados em condições de trabalho degradantes na zona rural de rio Bananal, no Espírito Santo. A ação conjunta entre Auditoria Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi encerrada na sexta-feira (10).

A inspeção feita durante a operação revelou que o alojamento, instalado em uma fazenda de café, não tinha condições mínimas de trabalho e habitação. Em um deles, as camas nas quais dormiam os oito homens, mulheres e um adolescente, eram colchonetes no chão, sem lençóis e debaixo de um cupinzeiro, no qual os insetos caiam sobre os trabalhadores. 

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O outro local, ocupado por mais três pessoas, não tinha banheiro. A água “potável” fornecida aos subordinados era extraída de um poço, sem tratamento. As refeições eram feitas em locais inapropriados, segundo os fiscais responsáveis pela operação. 

Os trabalhadores, recrutados na Bahia, não tinham carteira de trabalho assinada e não foram submetidos a exames médicos admissionais. Diante das graves irregularidades, o empregador foi notificado para providenciar o pagamento das verbas rescisórias e o transporte dos trabalhadores de volta aos seus locais de origem, nos municípios de Medeiros Neto e Teixeira de Freitas. 

O pagamento, totalizando R$ 81.000,00 em verbas rescisórias, foi efetuado no dia da operação, e os trabalhadores foram transportados em uma van contratada pelo empregador. Dois trabalhadores já haviam deixado o local sem receber indenização ou passagem de retorno.

O relatório dos auditores será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério Público Federal (MPF) para as devidas providências legais.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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