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Projeto abre inscrições para enfrentar violência na Baixada Santista

A iniciativa visa abordar a violência política e suas implicações psicossociais, especialmente entre familiares de pessoas presas e vítimas de violência de Estado na região da Baixada Santista
Imagem de Andreia MF, idealizadora do movimento Mães do Cárcere e uma das coordenadoras do projeto de extensão realizado pela Unifesp.

Foto: Pedro Borges

28 de março de 2024

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou a abertura de seleção de bolsista para integrar o projeto de extensão “Trauma Psicopolítico e reparação: práxis entre Universidade e Movimentos Sociais”. Coordenado pela professora adjunta da instituição, Adriana Eiko Matsumoto, em parceria com Andréia MF, idealizadora do movimento Mães do Cárcere, a iniciativa visa abordar a violência política e suas implicações psicossociais, especialmente entre familiares de pessoas presas e vítimas de violência de Estado na região da Baixada Santista.

Os interessados devem preencher um formulário de inscrição do projeto e enviar uma carta de intenções e o currículo para o e-mail [email protected].

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Apresentação do projeto

Segundo a organização, o controle social penal brasileiro é apontado como um dos principais fatores de uma eficaz subjugação de parte da classe trabalhadora, operando pela lógica da racialização e pelo agravamento das condições de enfrentamento à contra-ofensiva do capital.

O projeto busca promover ações de enfrentamento à violência política, com foco na região da Baixada Santista. Entre as propostas estão: a articulação das demandas das famílias; o fortalecimento da rede de apoio social e afetiva; o desenvolvimento de ações educativas em direitos humanos; e a criação de um grupo de reparação psicossocial em parceria com o movimento Mães do Cárcere.

Metodologia e objetivo

A metodologia do projeto será orientada para garantir espaços de escuta e partilha para as famílias de pessoas presas como um dispositivo para a constituição de ações coletivas de enfrentamento a essa realidade. O projeto se baseia nos princípios da pesquisa-ação, psicologia social comunitária, psicologia da libertação, pedagogia da libertação e criminologia crítica.

O objetivo é contribuir para ações voltadas ao cuidado e espaços de escuta, além de fortalecer o sistema de garantia de direitos de familiares de pessoas em situação de cárcere

Cronograma de ações

O cronograma prevê reuniões organizativas, levantamento de demandas, realização de rodas de conversa e ações de intervenção junto à comunidade em geral, com participação em atos políticos e garantia de direitos, ao longo do período de março de 2024 a novembro de 2025.

Baseado em diversos princípios teóricos, o projeto visa a elaboração do trauma psicossocial e ao fortalecimento da solidariedade política.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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