A Universidade Federal do ABC (UFABC) lançou, na última semana, o Centro de Estudos da Favela (Cefavela), situado em Santo André (SP). O projeto visa a produção de pesquisa, inovação e disseminação de conhecimentos com articulação da academia, de órgãos de governo, de movimentos sociais e de organizações não governamentais.
A iniciativa é vinculada ao Ministério da Educação (MEC), que aponta que as atividades do centro serão possíveis a partir da consolidação do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), vinculado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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Na abertura da cerimônia da iniciativa, o professor coordenador do projeto, Jeroen Klink, destacou que o Cefavela representa que a universidade pretende participar da construção de ferramentas e instrumentos capazes de potencializar políticas públicas para fortalecer a luta de ocupações e favelas do Brasil.
Segundo Rosana Denaldi, docente vice-coordenadora do projeto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que existem no país 6,6 milhões de domicílios em favelas. Ela também pontuou que esses territórios, onde se abriga a população mais vulnerável, são os mais atingidos por desastres agravados pela crise climática.
O centro de estudos conta com uma equipe de 38 pesquisadores associados, que inclui 11 cientistas de instituições acadêmicas estrangeiras, 15 da UFABC e 12 de outras instituições nacionais.
O primeiro edital para seleção de pós-doutorandos foi aberto em setembro e há previsão para concessão de bolsas de treinamento técnico, iniciação científica, mestrado e doutorado.