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Viaduto de Madureira é transformado em museu da cultura negra no Rio

Iniciativa será inaugurada no dia 11 de maio, aniversário de 34 anos do Viaduto de Madureira, que sedia o Baile Charme típico da região
A imagem mostra um grafiteiro desenhando no Viaduto de Madureira (RJ).

Foto: Thiago Moraes Muniz/Divulgação

5 de maio de 2024

O Projeto Zona de Arte Urbana (ZAU) tem transformado o Viaduto de Madureira, no Rio de Janeiro, em um ponto de cultura negra. As ações artísticas e educativas de grafite buscam tornar o lugar em um “museu vivo”. Durante a inauguração, no dia 11, um Baile Charme típico da região, celebra ainda os 34 anos do espaço.

Tanto a parte interna quanto externa do viaduto receberão ilustrações para contar a história da Black Music no Brasil. O projeto é idealizado pelo grafiteiro Airá Ocrespo e terá a participação Agarte, Cety e Seon.

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O charme é um ritmo que vem da Black Music norte-americana. O ritmo carioca e suas manifestações têm origem na Zona Norte da cidade. O termo “Charme” foi cunhado pelo DJ Corello em um baile no clube Mackenzie, no bairro carioca do Méier durante os anos 1980. Antes de chegar a Madureira, na década seguinte, o ritmo circulou e ganhou fama em bairros como Marechal Hermes e Abolição. Em 2013, o Baile Charme se tornou patrimônio cultural imaterial do estado do Rio de Janeiro.

Além da revitalização, o projeto promoveu uma série de atividades sócio-culturais, que incluem oficinas de grafite aos sábados e abertas ao público. Os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre o universo dos grafites, tintas e técnicas de desenho e estilo.

Um encontro de grafiteiros, agendado para o domingo (5), busca promover integração entre artistas urbanos, com debates, troca de conhecimentos e uma roda cultural de grafite, acompanhada de apresentações musicais e uma batalha de grafite. E, além das atividades no viaduto, está prevista uma oficina de grafite em uma escola pública da região, para incentivar a participação dos alunos na criação de um mural em parceria com um artista educador.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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