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Com ensaio sobre Orixás, fotógrafo baiano representa o Brasil em premiação internacional

O artista André Fernandes recebeu menção honrosa em evento da ONU na Suíça por obra que celebra as divindades do Candomblé e reforça a importância da memória ancestral
Parte do trabalho do fotógrafo André Fernandes sendo exposto no Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra (Ecolint), em Genebra, na Suíça.

Foto: Divulgação/Ecolint

28 de novembro de 2024

O fotógrafo baiano André Fernandes foi homenageado com menção honrosa no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários, promovido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). 

A cerimônia de premiação aconteceu nesta terça-feira (26), em Genebra, Suíça, no Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra (Ecolint). Fernandes foi o único brasileiro entre os oito artistas reconhecidos mundialmente.

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Com o ensaio fotográfico “Orixás”, que retrata as divindades do Candomblé em suas vestes tradicionais, o fotógrafo destacou-se pela qualidade técnica da obra e pela relevância cultural do tema na promoção dos direitos humanos e na conscientização sobre questões de ancestralidade e identidade afrodescendente.

Candomblé como foco de arte e resistência

“Orixás” foi concebido ao longo de dois anos e fotografado em 2014 no Terreiro Ilê Axé Alaketu, na Bahia. A obra explora as vestimentas, adornos e rituais associados aos Orixás, reforçando a conexão espiritual e cultural entre os praticantes e suas raízes ancestrais. O projeto também busca desmistificar preconceitos sobre o Candomblé, fomentando o debate e a valorização dessa prática religiosa de matriz africana.

“Enquanto artista, é uma oportunidade de usar a arte para falar do Candomblé, atingir mais gente e lançar luz sobre a beleza dessa religião. Representar a Bahia e o Brasil num evento tão relevante para os direitos humanos é uma forma de reverenciar as nossas memórias ancestrais”, destacou Fernandes.

O fotógrafo ressalta ainda a importância do combate ao estigma em torno das religiões de matriz africana: “Quanto mais se fala sobre o Candomblé e se desmistifica o tema, menos preconceito existirá. A arte tem esse papel de preservação da memória e de promoção da reflexão”.

Parte do trabalho de André Fernandes sendo exposto na Suíça. Foto: Divulgação/Ecolint

Durante o evento, que se estende até 1º de dezembro, Fernandes participa de uma série de atividades, incluindo uma exposição coletiva dos artistas premiados, o lançamento do catálogo da premiação e reuniões sobre arte, cultura e direitos humanos. Além disso, o fotógrafo terá a oportunidade de participar da 17ª Sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, no Palácio das Nações, em Genebra.

“É gratificante imaginar que estarei, por sete dias, mergulhado em eventos de nível internacional, conhecendo histórias tão potentes e ampliando minha visão sobre arte e direitos humanos. Essa experiência traz uma grande responsabilidade de compartilhar e aplicar esse aprendizado ao voltar para o Brasil”, afirmou Fernandes.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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