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‘Farsas Armadas’: exposição critica cenário político-social do Brasil por meio da arte

A mostra fica disponível até o dia 31 de janeiro na Casa Amarela, no Rio de Janeiro
Imagem mostra uma mulher negra diante de três quadros expostos na mosta "Farsas Armadas", de Airá Ocrespo.

Foto: Divulgação

17 de janeiro de 2024

Com a proposta de abordar o impacto da desinformação no contexto político-social brasileiro na última década e explorar o papel dos memes neste processo, a exposição “Farsas Armadas – uma década de memetização”, está aberta a visitação na Casa Amarela, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. A exibição fica disponível até o dia 31 de janeiro. 

Produzida pelo artista Airá Ocrespo de forma apartidária, a mostra destaca os principais investidores na estratégia das fake news. Para isso, a estética desempenha um papel crucial na exposição.

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Por meio de diversos elementos, como as figuras nas obras e o próprio título da exposição, o artista utiliza características como humor e o exagero para provocar reflexões e debates ao levantar controvérsias e críticas. 

“Na exposição tudo foi pensado para comunicar e criar sentido. Desde o formato das telas, as cores escolhidas, os materiais, as técnicas usadas e o tipo de montagem, tudo cumpre um papel […] para transmitir impressões que reforçam as mensagens embutidas nas obras”, explicou Airá Ocrespo em nota à imprensa.

A mostra também inclui uma experiência imersiva, na qual o artista conduz explicações detalhadas sobre cada obra, permitindo uma experiência rica aos visitantes, que podem interagir, conhecer as suas perspectivas e compartilhar opiniões.

Além disso, uma atividade sobre o tema acontecerá no local, no próximo domingo (21), com a presença da equipe envolvida na exposição, como a curadora e pesquisadora Monique Paulla.

Airá Ocrespo viralizou nas redes sociais em 2023 com a arte da Ministra Negra, realizada em parceria com o Instituto de Defesa da População Negra (IDPN). A intervenção artística aconteceu como parte de um movimento que reivindicava que uma mulher negra ocupasse o cargo de ministra no Supremo Tribunal Federal (STF) pela primeira vez.

Para o artista, ao desafiar a legitimidade de agentes e instituições que “moldam a opinião pública no cenário midiático, político e econômico brasileiro”, é possível questionar a permanência dessas figuras como representantes.

“Isso ocorre mesmo diante das sérias controvérsias surgidas de suas atividades profissionais, marcadas por comportamentos moralmente questionáveis e, em alguns casos, até mesmo criminosos, com consequências trágicas para o país, que ainda estão sendo mensuradas”, complementa.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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