O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (15) a lei que reconhece o grafite como manifestação da cultura brasileira e garantir o direito à livre expressão artística. O grafite é uma intervenção artística geralmente realizada em espaços públicos.
A sanção do Projeto de Lei 24/2020 também engloba as expressões artísticas charge, caricatura e cartum de modo a assegurar a valorização e preservação dessas formas de arte.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Em nota divulgada pelo Ministério da Cultura (Minc), Karina Miranda da Gama, diretora de Promoção da Diversidade Cultural da SCDC do MinC, celebrou a conquista e destacou a potência do grafite como arte transformadora.
“Ao ocupar os muros da cidade, o grafite dá voz às múltiplas identidades que compõem nossa sociedade, valorizando a diversidade cultural e conectando comunidades”, disse.
Na tramitação do texto no Congresso, parlamentares expressaram que esse reconhecimento promove a inclusão social e o desenvolvimento econômico em comunidades marginalizadas.
Para a diretora, o grafite é uma “manifestação poderosa” e fundamental para democratizar o acesso à arte, pois transforma espaços públicos em plataformas de resistência e expressão.
“Mais do que uma arte visual, o grafite é uma ferramenta de transformação social que afirma o direito de todos a se expressarem e ocuparem o espaço urbano, refletindo a importância das vozes diversas em nossa cultura”, afirmou.
Para Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Populares do MinC, as charges, cartuns e caricaturas como expressões artísticas dialogam diretamente com a realidade, pois traduzem a vivência e a vida cotidiana do povo brasileiro.
“Elas não apenas refletem a realidade social, política e cultural do país, mas também se tornam ferramentas poderosas de crítica e resistência. Por meio do humor e da ironia, essas manifestações revelam a complexidade da identidade nacional, promovendo a reflexão e o debate sobre questões relevantes sobre as culturas tradicionais e populares”, disse.